Livros
A ODISSÉIA DE UM JATOBÁ Esta pequena fábula intenta oferecer alguns elementos que possam contribuir para construção de um conhecimento plural, interessado em formas alternativas de relação com o meio ambiente e consciente das potencialidades da arte como recurso indispensável à produção científica. Seus capítulos foram organizados de forma a instigar o leitor a encontrar, nas diferentes e variadas aventuras vividas pelo seu protagonista, o Jatobá, o maior número possível de interfaces com conteúdos escolares e circunstancias da vida. As questões ambientais engendram toda a sua construção. Porém, propositalmente colocadas de forma análoga, proporcionando ao leitor a liberdade para estabelecer a sua própria forma de recepção estética diante das idéias apresentadas, ao invés de simplesmente reproduzir desgastadas noções predeterminadas por alguma ciência de plantão, que, na maioria das vezes, reforçam a presumida oposição sujeito versus objeto. Do mesmo modo, apesar do tom assumidamente anedótico, os capítulos tendem direcionar a atenção do leitor para profundas questões sociais, como por exemplo, a migração campo cidade e as desigualdades sociais - assuntos sérios que invariavelmente são naturalizados por um dia-a-dia apressado, impedindo assim o seu questionamento a partir de posições filosóficas. Em fim, esta breve ficção se nos apresenta como uma divertida tentativa de aproximar o jovem leitor dos complexos processos que se estabelecem nas relações entre homens e os diversos ambientes de que se apropriam. ARAÚJO, Alexandre Martins. A odisséia de um jatobá. Goiânia: Kelps, 2002. ISBN: 978-85-77662-14-2.
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Este livro revela uma ao mesmo tempo reconhecida e ignorada face da sabedoria dos povos negros do Brasil. Aqui estão, como em um dicionário do saber da saúde, conhecimentos ancestrais a respeito do uso de recursos da natureza para a cura do corpo e da alma. De propósito, pois aqui bem esta opção se aplica, os organizadores desta obra deixaram literalmente por escrito, o tom e os termos das falas ditas e gravadas. Em outras situações isto não seria recomendável. Mas acontece que aqui não se trata de registrar um português mal falado, e que ficaria melhor se oportunamente corrigido. Tal como em outros estudos realizados juto a atores populares, trata-se de capturar tanto a lógica cultural de um saber específico, quanto a forma lingüística por meio da qual ele é vivido, pensado e comunicado entre as pessoas. Em um outro país, mais sensível ao valor de suas diferenças, esta fala poderia ser estudada como um dialeto. Como uma forma cultural de dizer e escrever que precisa ser dita e escrita tal come é, porque traduz em um outro ritmo e em uma outra sintaxe e outra semântica, a sabedoria oral – agora posta por escrito – de uma outra cultura. Aos poucos aprendemos a arrancar das sombras onde se esconderam por séculos, as pessoas, as comunidades, as culturas, as artes e as sabedorias de populações que, justamente porque precisaram viver distantes e ocultas do colonizador branco, aprenderam não apenas a sobreviver em um mundo que sempre lhes foi hostil – antes e depois da Abolição – mas a fazer com que sobrevivessem os seus modos de saber, sentir e pensar. Algo de que, em seu campo próprio, este livro é um excelente exemplo. CABRERA, Olga; ARAÚJO, Alexandre Martins (org.). Comunidade Negra no Cerrado: Narrativas de curas e remédios. Goiânia: CECAB, 2007. ISBN: 978-85-88729-04-9.
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O GIRO DE BOLON - HISTÓRIA AMBIENTAL PARA GRANDES CRIANÇAS E PEQUENOS ADULTOS Premiado pelo Fundo de Cultura, este livro envereda pela ficção e pela imaginação para apresentar, em linguagem clara, alguns resultados de pesquisas e reflexões que tenho desenvolvido no campo da história ambiental e das ciências ambientais. Alexandre Martins de Araújo Trata-se de um trabalho oportunamente dirigido a professoras/es em um campo em que há uma deficiência notável de artigos e livros dirigidos a público não acadêmico. Carlos Rodrigues Brandão Trata-se, portanto, de um livro generoso, humano e criativo, inspirado na busca por uma educação que combine valores e direitos culturais, sociais e ecológicos. José Augusto Pádua – UFRJ
ARAÚJO, Alexandre Martins. O giro de Bolon: História ambiental para grandes crianças e pequenos adultos. Goiânia: Kelps, 2015. ISBN 978-85-40017-89-4.
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NAZARENO, Elias; SILVA, Léia de Jesus; SILVA, Joana Aparecida Fernandes (org.). Documentação de Saberes Indígenas: povo indígena Akwẽ - Xerente. Goiânia: Imprensa Universitária, 2017. 340 p. (Documentação de Saberes Indígenas na UFG, v. 8). ISBN 978-85-93380-41-9.
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NAZARENO, Elias; RIBEIRO, José Pedro Machado (org.). Coleção Conhecimentos Indígenas na UFG: povo indígena Berò Biawa Mahadu-Javaé. Goiânia: Imprensa Universitária, 2017. 144 p. (Coleção Conhecimentos indígenas na UFG, v. 9). ISBN: 978-85-93380-20-4.
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NAZARENO, Elias; DIAS, Luciana de Oliveira (org.). Coleção Documentação de Saberes Indígenas : povo indígena Pyhcop Cati Ji / Gavião. Goiânia: Imprensa Universitária, 2017. 120 p. (Coleção Documentação de Saberes Indígenas na UFG, v. 10). ISBN 978-85-93380-19-8.
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SILVA, Léia; REZENDE, Tânia; NAZARENO, Elias; NASCIMENTO, André Marques do (org.). Documentação de saberes indígenas: povos Tapuia, Javaé e Karajá Xambioá. Goiânia: Gráfica UFG, 2017. 236 p. (Documentação de saberes indígenas, v. 2). ISBN 978-85-68359-59-4.
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SILVA, Léia de Jesus; NASCIMENTO, André Marques do; NAZARENO, Elias; RIBEIRO, José Pedro Machado (org.). Documentação de Saberes Indígenas: povos Karajá Xambioá e Javaé. Goiânia: Imprensa Universitária, 2017. 196 p. (Documentação de Saberes Indígenas, v. 4). ISBN 978-85-495-0167-7.
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