ARAÚJO, A. M.. Cadê a Água que Estava Aqui? Os leitos secos na memória e na história. História Revista (UFG. Impresso), v. 14, p. 01-20, 2009.

https://www.historia.ufg.br/up/108/o/cade_a_agua-alexandre.pdf

RESUMO:

Este artigo refere-se a um estudo de caso, realizado no município goiano de Hidrolândia – GO. Tal estudo discute, desde as perspectivas da História Ambiental e da História Oral, as possibilidades do deslindamento de realidades históricas construídas sobre paisagens que, na atualidade, são vistas como abjetos, devido o estado de degradação em que se encontram. Dito de outro modo, se, por um lado, a historiografia, após o processo de alargamento de suas abordagens temáticas, adotou os grandes e médios rios como importantes fontes de pesquisa; por outro, esqueceu-se de uma colossal malha hidrográfica representada por pequenos cursos d’água – riachos, regatos, ribeirões, sangradouros, entre outros, que, em boa medida, encontra-se atualmente extinta ou agoniza diante de ações predatórias. Com base nisso, a inquietação que conduz nossa investigação é a de saber para onde são mandados os rios que secam. Assim, tentaremos mostrar que esses múltiplos espaços hidráulicos, principalmente aqueles cujos leitos já secaram, participam diretamente da construção de memórias, dado à importância que tiveram na vida de populações, outrora servidas por suas águas, seja na produção de seus domínios socioeconômicos ou na construção dos mapas de mundo ao seu redor. PALAVRAS-CHAVE: História Ambiental, Pequenos cursos d’água, Leitos secos, Memória.